
Angola está bem posicionada para alavancar os seus recursos de classe mundial no petróleo e gás de forma a promover o comércio, a colaboração e o crescimento na economia energética africana em geral. Pensada para trazer oportunidades significativas a toda a região da África Austral, a participação do país nas redes regionais de energia, com base na criação de “hubs” e sistemas de oloeodutos e gasodutos, servirá como espinha dorsal para a distribuição de energia e desenvolvimento socio-económico entre os países da região.
Comunidade de Desenvolvimento da África Austral
Angola é membro fundador da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), uma organização inter-governamental formada por uma aliança de 16 países da África Austral. O objectivo desta organização é coordenar projectos de desenvolvimento e promover a cooperação e integração de forma a preservar a independência económica. A SADC planeia e coordena projectos nos sectores da agricultura, energia, mineração e comércio na África Austral, tendo como prioridade o desenvolvimento e melhoria das redes regionais entre os países membros.
Sistema de Oleodutos da África Central
Com o mandato de eliminar a pobreza energética até 2030, uma coligação de nações da África Central e Austral, incluindo Angola, Camarões, Chade, República do Congo, República Democrática do Congo (RDC), Guiné Equatorial e Gabão, assinaram um Memorando de Entendimento ( MoU), em Setembro de 2022 para a construção de uma rede regional de oleodutos e gasodutos.
O Sistema de Oleodutos da África Central compreenderá três sistemas de oleodutos multinacionais, e incluirá uma infra-estrutura central com depósitos de armazenamento, terminais de gás natural liquefeito, refinarias e unidades de produção de energia movidas a gás. Este sistema incluirá o Oleoduto Central Sul que ligará Angola à RDC, Ruanda e Burundi.
Oleoduto Angola-Zâmbia
Em abril de 2021, os Governos de Angola e Zâmbia assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) visando a construção de um oleoduto para fornecer produtos petrolíferos refinados da Refinaria do Lobito, em Angola, para a capital da Zâmbia, Lusaka. O negócio de 5 biliões de dólares será desenvolvido pelo sector privado em conjunto junto com a petrolífera nacional de Angola, Sonangol, e companhia estatal zambiana, Industrial Development Corporation, como sócios patrimoniais. Com uma extensão prevista de aproximadamente 1.400 kms, e com a expectativa da Refinaria do Lobito produzir até 200 mil barris por dia, o Oleoduto Angola-Zâmbia vai transportar gasolina, gasóleo, querosene e gás, diminuindo assim o preço do combustível para a Zâmbia e tornando-se numa importante e lucrativa fonte de receitas para Angola.
Grupo de Energia da África Austral
Desenvolvido através da cooperação de empresas nacionais de eletricidade da África Austral, e sob os auspícios da SADC, o “Southern African Power Pool” (SAPP) foi criado com o objectivo de facilitar uma rede elétrica fiável na região.
Angola é actualmente um membro não operacional desta agência internacional, no entanto, a construção conjunta da projectada Central Hidroeléctrica de Baynes de 600 MW, situada na fronteira entre Angola e a Namíbia, vai criar uma a ligação angolana a esta rede energética. Além disso, o desenvolvimento do Programa de Extensão e Eficiência do Sector Energético de Angola permitirá ainda a conexão com o SAPP, servindo como espinha dorsal na distribuição de energia para as províncias do sul de Angola e para a região norte da Namíbia.
À medida que o sector de energia de Angola vai crescendo, essas redes regionais permitirão que toda a comunidade da África Austral beneficie dos recursos de petróleo e gás do país.
Todos os pormenores sobre estes temas serão revelado durante a Conferência e Exposição “Angola Oil & Gas 2023”.
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