Despite serving as the largest oil producer on the African continent, Angola has a minor downstream industry and currently imports ap

Apesar de ser um dos maiores produtores de petróleo do continente africano, Angola tem uma pequena indústria de refinação, armazenamento e venda a retalho desta matéria-prima, o que obriga o país a importar cerca de 80% do seu petróleo já refinado. Consequentemente, uma das principais metas estratégicas do Governo angolano é aumentar a capacidade de processamento do petróleo nacional. Com mais de 8,2 biliões de barris de reservas comprovadas de petróleo, e 13,5 triliões de pés cúbicos de gás natural, Angola tem potencial para se tornar num verdadeiro “hub” de energia para toda a região africana em que está inserida. 

A Companhia Nacional de Petróleos de Angola, Sonangol, pretende aumentar a capacidade de refinação do país através da introdução de melhorias na única instalação operacional do país, a Refinaria de Luanda, para que esta tenha capacidade de refinar até 65.000 barris por dia (bpd). Operada pela empresa de energia, Fina Petróleos de Angola, a Refinaria de Luanda abastece o mercado interno, mas ainda sem conseguir atender às necessidades da população angolana. O processo de modernização, anunciado pela Sonangol, terá o apoio da empresa italiana, Eni, e far-se-á através da instalação de duas unidades de processamento adicionais, bem como por meio do recurso de serviços fornecidos mediante contrato à KT-Kinetics Technology, responsável pela engenharia, aquisição e serviços de construção para a necessária actualização desta refinaria.

A actualização da Refinaria de Luanda implica um investimento de 235 milhões de dólares e permitirá quadruplicar a produção de combustível para aproximadamente 1.580.000 litros por dia, reduzindo assim o volume de importações até 15% ao ano.

A Sonangol e o Governo angolano pretendem, entretanto, aumentar a capacidade de “downstream” de Angola através da construção de três novas instalações. A Refinaria do Lobito, localizada nesta cidade, na província de Benguela, terá capacidade para produzir até 200.000 bpd e deverá iniciar as operações de refinação em 2025. A refinaria é detida em 70% por investidores privados, pertencendo 30% à Sonangol, cuja participação foi colocada em concurso público, em 2021, e motivou o interesse de vários intervenientes dos sectores, público e privado, da indústria petrolífera. 

Outro projecto estrutural é a Refinaria de Cabinda, uma unidade de refinação com um custo de 920 milhões de dólares, localizada na Província de Cabinda. O projecto será desenvolvido por um consórcio formado pela empresa de gestão de investimentos Gemcorp, com uma participação de 90%, e pela subsidiária da Sonangol, Sonaref, que ficará com os restantes 10%. Os testes da primeira fase do projecto realizaram-se em Maio de 2022, e estiveram a cargo da empresa de serviços de engenharia de petróleo e gás, VFuel’s, em Houston, Texas, nos EUA, onde todos os componentes desta estrutura estão a ser construídos. A instalação terá uma capacidade de refinação até 60.000 bpd e irá produzir gasolina, gasóleo (diesel), Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), óleo combustível e combustível Jet A-1.

A Sonangol está também a construir uma refinaria no Soyo, na província do Zaire, em Angola. Trata-se de investimento de 3,5 mil milhões de dólares e que terá capacidade para processar até 100 mil bpd. O projecto está a ser desenvolvido pelo Consórcio Quanten, dos Estados Unidos – que integra as empresas norte-americanas TGT, Quantent e Aurum & Sharp, e ainda a angolana Atis-Nebest – sendo que a construção da refinaria teve início em 2022 com a primeira produção a estar prevista para o ano de 2024.

Uma estrutura igualmente importante é o terminal de armazenamento e processamento de Gás Natural Liquefeito (GNL), situado na Província do Zaire, que tem capacidade para processar 360.000 metros cúbicos de GNL, GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) e condensado. Projectada para receber 1 bilião de pés cúbicos por dia de gás natural, esta unidade está preparada para facilitar o desenvolvimento “offshore” contínuo, reduzindo a queima de gás e as emissões do efeito de estufa em Angola. Estruturado como um consórcio – com a Sonangol a deter 22,8%, a Chevron, uma das maiores empresas mundiais de petróleo e gás, a ficar com 26%, enquanto a TotalEnergies, BP e Eni controlam 13,6% cada – a central tem potencial para abastecer o mercado doméstico de Angola, e alcançar um volume padrão até 125 milhões de pés cúbicos por dia de gás, de forma a servir os mercados regional e internacional. Com um investimento que ultrapassa os 10 biliões de dólares, os serviços de engenharia e construção para esta instalação foram fornecidos pelas empresas norte-americanas Bechtel e ConocoPhillips. 

A única unidade de mistura de Angola, que pertence e é operada pela Sonangol, abastece o mercado interno do país com óleos e graxas, minerais e sintéticos. Entretanto, com uma extensão de 1.400 km e uma capacidade proposta de 1 milhão de bpd, o oleoduto Angola-Zâmbia vai transportar produtos petrolíferos refinados desde a Refinaria do Lobito até Lusaka, capital da Zâmbia. Os operadores deste oleoduto incluirão a Sonangol e a empresa de oleodutos zambiana, Baseli Balisel Resources.

A rede de gasodutos de Angola consiste no Sistema de Pipelines Angola LNG, que transporta gás dos Blocos angolanos “offshore” 0, 14, 15, 17, 18, 31 e 32 para o Terminal Angola LNG. Com cerca de 500 km de extensão, e capacidade para transportar 750 milhões de pés cúbicos de gás natural por dia, estão já em curso planos de expansão do gasoduto para ligar os Blocos “offshore” 1 e 2 a esta rede.

Enquanto isso, a 60 km de Luanda, capital de Angola, o Terminal Oceânico da Barra do Dande está a ser desenvolvido pelo grupo empresarial brasileiro Novonor através da subsidiária Odebrecht Engenharia e Construção. O terminal terá capacidade para armazenar até 580.000m3 de derivados de petróleo, incluindo gasóleo (diesel), gasolina, e 102.000m3 de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) para abastecimento do mercado interno. Com um custo de 499 milhões de dólares, este será o maior terminal de produtos refinados da República de Angola.

proximately 80% of its refined petroleum. Consequently, one of the sub-Saharan African country’s Government’s main strategic targets is to increase domestic crude processing capacity. With over 8.2 billion barrels of proven oil reserves and 13.5 trillion cubic feet of natural gas, Angola has the potential to operate as an energy hub for the region.

Angola’s National Oil Company (NOC), Sonangol, therefore aims to improve the country’s refining capacity through upgrades to the country’s sole operating facility, the 65,000 barrel per day (bpd) Luanda Refinery. Operated by energy company, Fina Petroleos de Angola, the refinery supplies products to the domestic market, yet falls short of meeting full demand of the population. To improve capacity, Sonangol has announced plans to upgrade the facility – with support from Italian energy major, Eni – through the installation of two additional processing units as well as other utilities and offsites, with EPC contract, KT-Kinetics Technology responsible for the engineering, procurement, and construction services for the upgrade.

This upgrade will involve an estimated mobilization of $235 million and will enable the refinery to increase fuel production four-fold to approximately 1,580,000 liters per day, thus reducing imports by up to 15% annually.

Meanwhile, Sonangol and the Government of Angola have sought to increase Angola’s downstream capacity through the construction of three new facilities. The Lobito Refinery, located in Lobito in the country’s Benguela Province, will have the capacity to produce 200,000 bpd and is scheduled to commence refining in 2025. The refinery is 70% owned by private investors and 30% by the NOC, with Sonangol having issued a call for tenders in 2021, with a number of private and public sector players relaying interest.

What’s more, the Cabinda Refinery will comprise a $920 million plant located in the Cabinda Province. The project will be developed by a joint venture comprising investment management firm, Gemcorp, and Sonangol subsidiary Sonaref, which will hold a 90% and 10% stake, respectively. As of May 2022, testing has been completed for the first phase of the project at oil and gas engineering service company, VFuel’s, fabrication site in Houston, Texas in the U.S. The facility will have a refining capacity of 60,000 bpd and will be able to produce petrol, diesel, Liquefied Petroleum Gas (LPG), fuel oil, and Jet A-1 fuel.

Sonangol is also constructing a refinery in Soyo, in the Zaire Province of Angola, with a total investment of $3.5 billion and which will be capable of processing 100,000 bpd. Developed by the U.S.-led Quanten Consortium – comprising American companies, TGT, Quantent, Aurum & Sharp, and Angolan company, Atis-Nebest – construction of the refinery began in 2022, with first production planned for 2024.

Furthermore, a Liquefied Natural Gas (LNG) storage and gas processing terminal situated in the Zaire Province has the capacity to process 360,000 cubic meters of LNG, LPG, and condensate. Projected to receive 1 billion cubic feet per day of natural gas, the project is poised to facilitate continued offshore development while reducing gas flaring and greenhouse emissions in Angola. Structured as a consortium – with Sonangol owning 22.8% while oil and gas supermajor Chevron, controls 26% and TotalEnergies, BP, and Eni each controlling 13.6% – the plant has the potential to supply Angola’s domestic market with up to 125 million standard cubic feet per day of gas while serving regional and international markets. With an investment of over $10 billion, U.S. companies Bechtel and ConocoPhillips have provided engineering and construction services for the facility.

Angola’s sole blending unit, which is owned and operated by Sonangol, supplies the country’s domestic market with mineral and synthetic oils and greases. Meanwhile, with a length of 1,400km and a proposed capacity of 1 million bpd, the Angola-Zambia Oil Pipeline is a proposed refined oil products pipeline that would run from the Lobito Refinery to Lusaka, Zambia. Operators of the pipeline will include Sonangol and Zambian pipeline company Baseli Balisel Resources.

Angola’s pipeline network also consists of the Angola LNG Pipeline System, which transports gas from the country’s offshore Blocks 0, 14, 15, 17, 18, 31, and 32 to the Angola LNG Terminal. With a length of approximately 500km and the capacity to transport 750 million cubic feet of natural gas per day, plans are currently underway to expand the pipeline to connect offshore Blocks 1 and 2 to the network.

Meanwhile, situated 60km from Angola’s capital city of Luanda, the country’s Barra do Dande Ocean Terminal is currently being developed by Brazilian conglomerate, Novonor subsidiary, Odebrecht Engineering & Construction. The terminal will have the capability to store up to 580,000m3 of petroleum derivatives including diesel, gasoline, and 102,000m3 of LPG for the domestic market. At a cost of $499 million, the project will result in Angola’s largest refined products terminal.